O ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, expressou profunda preocupação com o silêncio de alguns países em relação ao genocídio israelense contra os palestinos em Gaza e denunciou a relutância dos ministros das Relações Exteriores em emitir declarações de condenação, informou a Agência Anadolu.
Isso ocorreu durante uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo turco, Hakan Fidan, na quinta-feira (24), após uma reunião no Ministério das Relações Exteriores da Turquia, na capital, Ancara.
“O silêncio de outros sobre o que está acontecendo em Gaza me preocupa”, disse Eide, acrescentando: “Muitos dos meus colegas ocidentais estão cometendo um grave erro ao não esclarecer suas opiniões”.
Sobre o genocídio israelense em Gaza e seu impacto global, Eide disse que a Noruega não se manteve em silêncio sobre o conflito palestino-israelense e foi um dos primeiros países a pedir um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
“Fomos um dos primeiros países a afirmar que a resposta de Israel aos ataques de 7 de outubro foi muito além do direito internacional dos direitos humanos ou do princípio da proporcionalidade”, disse ele, enfatizando que a consistência nessa posição é crucial.
“Devemos defender os direitos humanos e as leis e os princípios jurídicos internacionais, e acreditamos que essas regras devem ser aplicadas em todas as circunstâncias”, acrescentou.
Israel matou mais de 51.400 palestinos em Gaza desde outubro de 2023, a maioria mulheres e crianças.
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