As Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares sudanesas mataram 74 pessoas e feriram outras 178 em ataques na vila de Al-Za’afah, no estado de Kordofan Ocidental, no sul do Sudão, informou a Rede de Médicos do Sudão, segundo a Agência Anadolu.
A rede, uma organização médica civil, acrescentou em um comunicado que 12 crianças e nove mulheres estavam entre as vítimas.
As RSF, acrescentou, “não respeitaram os direitos humanos mais básicos, que criminalizam a morte de civis desarmados, o saque de suas propriedades e a queima de suas casas” e apelaram às Nações Unidas e às organizações internacionais para que exerçam maior pressão sobre a milícia para que cessem suas violações.
Em junho de 2024, as RSF assumiram o controle de Al-Fula, capital de Kordofan Ocidental, embora não tenham conseguido controlar cidades importantes como En-Nahud e Babanusa, que permanecem sob o controle do exército sudanês.
Na quinta-feira (24), exército sudanês anunciou a morte de 60 militantes das Forças Revolucionárias da Síria (FSR) em El-Fasher, capital do estado de Darfur do Norte, no oeste do Sudão.
No início deste mês, as FSR afirmaram ter tomado o controle do campo de refugiados de Zamzam, na cidade, após confrontos com forças do exército. Pelo menos 400 civis foram mortos e quase 400.000 foram deslocados devido aos combates, segundo dados da ONU.
El-Fasher tem testemunhado confrontos mortais entre o exército sudanês e as FSR desde maio de 2024, apesar dos alertas internacionais sobre os riscos de conflitos na cidade, que serve como centro de operações humanitárias em todos os cinco estados de Darfur.
Desde 15 de abril de 2023, as FSR lutam contra o exército sudanês pelo controle do país, resultando em milhares de mortes e em uma das piores crises humanitárias do mundo.
Mais de 20.000 pessoas foram mortas até agora e outras 15 milhões foram deslocadas, de acordo com a ONU e autoridades locais. Pesquisas de acadêmicos americanos, no entanto, estimam o número de mortos em cerca de 130.000.