Israel cancelou os vistos de entrada de 27 parlamentares e autoridades francesas de esquerda apenas dois dias antes de sua visita planejada a Israel e aos territórios palestinos, de acordo com um comunicado divulgado pelo grupo no domingo (20), conforme relatado pela France 24.
Esse fato ocorre logo após Israel ter impedido a entrada de dois parlamentares trabalhistas britânicos no país e em meio ao aumento das tensões diplomáticas após o anúncio do presidente francês, Emmanuel Macron, de que a França reconheceria em breve o Estado da Palestina. Macron também instou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a lidar com a piora das condições humanitárias em Gaza durante o conflito em curso com o Hamas.
O Ministério do Interior de Israel declarou que os cancelamentos foram feitos sob a legislação vigente, que autoriza a negação de entrada a indivíduos considerados como agindo contra os interesses do Estado.
Dezessete membros do grupo, filiados aos partidos Ecologista e Comunista da França, descreveram a medida israelense como “punição coletiva” e apelaram ao presidente Macron para que tome providências.
Em um comunicado conjunto, o grupo afirmou ter recebido um convite oficial do consulado francês em Jerusalém para uma missão de cinco dias com o objetivo de “fortalecer a cooperação internacional e apoiar uma cultura de paz”.
“Dois dias antes da nossa partida, as autoridades israelenses cancelaram nossos vistos de entrada, que haviam sido concedidos um mês antes”, dizia o comunicado. “Queremos entender o que desencadeou essa decisão abrupta, que parece ser uma forma de punição coletiva”, acrescentaram.








