As forças de ocupação israelenses demoliram, na manhã de segunda-feira (21), um prédio residencial na cidade de Beit Ummar, ao norte de Hebron, juntamente com duas casas na cidade de Ni’lin, a oeste de Ramallah. As demolições fazem parte de uma escalada contínua na destruição de propriedades palestinas em toda a Cisjordânia ocupada.
De acordo com fontes locais, uma unidade militar israelense invadiu Beit Ummar e começou a demolir um prédio residencial de vários andares sob o pretexto de não possuir alvará de construção. Essa justificativa é frequentemente usada pelas autoridades israelenses para demolir casas palestinas, apesar das severas restrições à obtenção de alvarás em áreas classificadas como “C”.
O ativista e coordenador de mídia Mohammad Awad afirmou que o prédio demolido, que ainda estava em construção, tinha sete andares, cada um medindo 210 metros quadrados. A propriedade pertencia à família de Mohammad Issa Hussein Alqam e estava situada na área de Wadi al-Wahadin, ao sul de Beit Ummar, em frente ao assentamento israelense de Karmei Tzur, construído em terras palestinas.
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Awad acrescentou que as autoridades israelenses emitiram uma ordem de demolição para o prédio há dois meses e deram ao proprietário um prazo de 60 dias. No entanto, a demolição foi realizada antes do prazo. Ele também observou que outras dez casas na mesma área correm risco de demolição por motivos semelhantes, perto de Karmei Tzur.
Em um incidente separado na cidade de Ni’lin, forças israelenses, acompanhadas por tratores militares, demoliram duas casas pertencentes a membros da família Surour, deslocando quatro famílias sem oferecer moradia ou apoio alternativo.
Essas atividades de demolição fazem parte de uma política sistemática que visa a presença palestina na Cisjordânia. De acordo com dados divulgados pelo Centro de Informações Palestino, as forças israelenses realizaram mais de 5.939 demolições e atos de destruição contra casas e estruturas palestinas na Cisjordânia desde 7 de outubro de 2023. Isso representa uma escalada significativa, ressaltando a escala da agressão em andamento contra terras e populações.
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