A Palestina condenou, neste domingo (20), os ataques da polícia israelense contra cristãos durante as celebrações do Sábado Santo, classificando-os como “racistas” e “uma flagrante violação da liberdade de culto e de acesso a locais sagrados”, relatou a Agência Anadolu.
No sábado, a polícia israelense entrou em confronto com cristãos palestinos durante as celebrações do Sábado Santo na Igreja do Santo Sepulcro, na Cidade Velha de Jerusalém.
“Condenamos as ações arbitrárias, as agressões e as restrições impostas por soldados israelenses e colonos ilegais durante o feriado da Páscoa aos cristãos, impedindo sua participação nesta celebração humana global”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.
O Ministério também denunciou imagens que mostram soldados israelenses agredindo visitantes da Igreja do Santo Sepulcro.
O grupo rejeitou as medidas israelenses para impedir a entrada do embaixador do Vaticano na Igreja do Santo Sepulcro e obstruir a participação de cristãos palestinos da Cisjordânia ocupada nas celebrações em Jerusalém ocupada.
Parte do ataque das forças de ocupação contra alestinos no Sábado de Aleluia, perto da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém ocupada.#gaza_genocide #fimdoapartheidnapalestina #Palestina #israel #cessarfogo #genocídio #crimescontrahumanidade pic.twitter.com/UDk4xUvtqc
— Monitor do Oriente (@monitordoorient) April 21, 2025
“As práticas israelenses contra os cristãos são racistas e discriminatórias, parte de uma agenda mais ampla que visa Jerusalém e suas santidades cristãs e islâmicas, e representam uma flagrante violação da liberdade de culto e do acesso a locais sagrados em meio a um genocídio e a crimes de deslocamento contínuos contra nosso povo.”
Pelo segundo ano consecutivo, a participação nas cerimônias do Sábado Santo e da Páscoa foi visivelmente reduzida em meio aos implacáveis ataques israelenses na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada.
A tensão tem sido alta na Cisjordânia ocupada, onde pelo menos 952 palestinos foram mortos e mais de 7.000 ficaram feridos desde o início da guerra de Gaza em outubro de 2023, segundo dados palestinos.
Em julho de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça declarou ilegal a ocupação de terras palestinas por Israel, que já dura décadas, e exigiu a evacuação de todos os assentamentos existentes na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
LEIA: Presidente colombiano compara a situação dos palestinos ao sofrimento de Jesus Cristo