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Hamas acusa Israel de crime de guerra por usar a fome como arma

18 de abril de 2025, às 15h37

Palestinos, incluindo crianças, que lutam contra a fome recebem refeições quentes distribuídas por uma organização de caridade, enquanto a crise alimentar na Faixa de Gaza, sob ataque israelense, se agrava devido ao fechamento dos portões da fronteira na última sexta-feira do Ramadã, em Deir al-Balah, Gaza, em 28 de março de 2025 [Ashraf Amra – Agência Anadolu]

O Hamas acusou Israel na quinta-feira de usar a fome como “arma de guerra” depois que o Ministro da Defesa, Israel Katz, reconheceu que Tel Aviv estava bloqueando a entrada de alimentos e ajuda humanitária no enclave para pressionar o grupo da Resistência, relata a Agência Anadolu.

Na quarta-feira, Katz disse que a política de Israel é impedir a entrada de ajuda humanitária em Gaza como “uma das principais alavancas de pressão que impedem o Hamas de usá-la como ferramenta junto à população”.

“A declaração de Katz é um reconhecimento público renovado de que Israel está cometendo um crime de guerra”, afirmou o Hamas em um comunicado.

Esses comentários “confirmam o uso da fome como arma para privar civis inocentes de necessidades básicas, incluindo alimentos, remédios, água e combustível”, acrescentou.

Desde 2 de março, Israel fechou as travessias de Gaza, bloqueando a entrada de suprimentos essenciais no enclave, apesar dos múltiplos relatos de fome no território devastado pela guerra.

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Na quarta-feira, o ministro da Segurança Nacional israelense, de extrema direita, Itamar Ben-Gvir, pediu a proibição da entrada de “um grama de comida ou ajuda” na Faixa de Gaza bloqueada.

É lamentável que essas declarações criminosas tenham sido aprovadas sem uma posição clara da comunidade internacional, das Nações Unidas, do Conselho de Segurança da ONU e dos órgãos judiciais internacionais para condená-las e responsabilizar seus autores.

disse Hamas.

O texto pede uma ação internacional para pôr fim ao “crime de fome e bloqueio” em Gaza e responsabilizar os líderes israelenses por seus “crimes brutais” contra a humanidade.

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