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Houthis dão ultimato a Israel sobre ajuda a Gaza, ameaçam retomar embargo naval

8 de março de 2025, às 12h32

Abdul-Malik al-Houthi, líder do grupo iemenita Ansar Allah, conhecido como houthis, fala ao público, via videoconferência, em Sanaa, no Iêmen, em 17 de março de 2023 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

Abdul-Malik al-Houthi, líder do grupo iemenita Ansar Allah, conhecido como houthis, alertou nesta sexta-feira (7) que sua organização retomará as operações militares no Mar Vermelho caso Israel não permita a entrada de assistência humanitária a Gaza dentro de quatro dias.

Em discurso televisionado pela rede Al-Masirah, declarou al-Houthi: “Daremos um prazo de quatro dias. Este prazo final serve aos mediadores e seus esforços”.

‘Caso o inimigo israelense”, acrescentou, “após quatro dias, insista em impedir a entrada de socorro humanitário a Gaza e em manter as fronteiras fechadas, retomaremos nossas operações navais. Seu bloqueio terá como um resposta também um bloqueio”.

Tel Aviv se recusa a negociar o próximo estágio do cessar-fogo, ao ameaçar a retomada do genocídio em Gaza. Neste contexto, em tom de extorsão, o regime israelense suspendeu, nesta semana, a entrada de assistência humanitária a Gaza, afetando sua população civil de 2.4 milhões de pessoas, sob catástrofe de fome.

Entre outubro de 2023 e janeiro de 2025, os houthis mantiveram um embargo de facto a embarcações ligadas a Israel no Mar Vermelho e Mar Árabe, com dezenas de operações por mísseis e drones, em apoio aos palestinos de Gaza.

As ações— bem-sucedidas, ao impactar a economia israelense e impelir corporações à rota mais extensa e onerosa do Cabo da Boa Esperança — tiveram em resposta ataques aéreos de Estados Unidos e Grã-Bretanha.

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