Forças da ocupação israelense invadiram uma série de mesquitas na Cidade Velha de Nablus, na Cisjordânia ocupada, na manhã desta sexta-feira (7), reportou o Centro de Informações da Palestina. Os ataques resultaram em um incêndio na Mesquita de al-Nasr, na praça matriz.
Soldados impediram também as orações da manhã, ao prenderem três pessoas.
Segundo testemunhas, o incêndio destruiu as acomodações do imã, além de danificar paredes e carpetes.
A Mesquita de al-Nasr é um dos principais sítios históricos de Nablus, construída na era romana, ainda como igreja, e convertida a mesquita em 1187.
Fontes relataram ainda incursões israelenses em diversos bairros de Nablus, em meio a ataques violentos com gás lacrimogêneo e munição real. Tropas ocupantes invadiram e revistaram casas, sem mandado ou prerrogativa.
O Ministério de Recursos Religiosos da Autoridade Palestina (AP) condenou os ataques de Israel às mesquitas, em particular no contexto do Ramadã, mês sagrado para o Islã.
Em nota, reportou a pasta: “Forças israelenses invadiram a Mesquita al-Nasr em Bab al-Saha, na Cidade Velha, nesta madrugada, atearam fogo às instalações e impediram que bombeiros municipais extinguissem as chamas”.
“O exército israelense conduziu também invasões a diversas mesquitas na Cidade Velha sem qualquer alerta, ao profanar seus interiores”, acrescentou.
Nasser al-Salman, diretor de Recursos Islâmicos de Nablus, lamentou o “ataque brutal” contra mesquitas: “Ações como essa não têm precedentes desde a Nakba [‘catástrofe’] de 1948 e refletem o flagrante desdém de Israel pelos parâmetros morais, religiosos e internacionais, que asseguram o direito ao culto e aos lugares sagrados”.
O ministério palestino reforçou apelos à comunidade internacional e grupos de direitos humanos para intervirem pelo fim dos “ataques bárbaros” a mesquitas, muitas delas patrimônio histórico da região.
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