Exército de Israel invade Nablus, ao ampliar ofensiva na Cisjordânia

O exército israelense lançou uma nova invasão contra a cidade palestina de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada, na manhã desta sexta-feira (14), ao ampliar a campanha em curso desde 21 de janeiro, que passou também pelas províncias de Jenin e Tulkarm e seus respectivos campos de refugiados.

Testemunhas reportaram à agência Anadolu que tropas ocupantes adentraram em Nablus de múltiplas direções, invadindo e revistando residências.

Confrontos eclodiram entre combatentes da resistência orgânica e agentes israelenses, perto dos campos de refugiados de Askar e Balata, a leste de Nablus, de acordo com os relatos compilados em campo.

Testemunhas afirmaram que as forças ocupantes se retiraram de Nablus após seis horas de ofensiva, embora mantenham as operações em Jenin e Tulkarm, com 30 mortos estimados até então e milhares de deslocados à força.

A escalada na Cisjordânia coincide com o cessar-fogo na Faixa de Gaza, em vigor desde 19 de janeiro, após 470 dias de genocídio israelense, com 48 mil mortos e dois milhões de desabrigados.

View this post on Instagram

A post shared by Monitor do Oriente (@monitordooriente)

Entre outubro de 2023 e janeiro de 2025, ataques de colonos e soldados israelenses mataram cerca de 900 pessoas na Cisjordânia, com objetivo de expulsar os nativos e implantar novos assentamentos ilegais em terras palestinas.

Todos os colonos e assentamentos nos territórios ocupados são ilegais sob o direito internacional, como corroborado por decisão de julho do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia.

Em setembro, a decisão consultiva evoluiu a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, por maioria absoluta dos votos, ao reivindicar evacuação de colonos e soldados e reparações aos nativos, com prazo de um ano para ser implementada.