Forças da ocupação israelense notificaram cidadãos palestina nesta quinta-feira (6) de intenções de demolição de 17 casas no campo de refugiados de Nur Shams, a leste de Tulkarm, na Cisjordânia ocupada.
As recentes demolições no campo somam 28 residências à campanha israelense, reportou o Centro de Informações da Palestina.
De acordo com Nihad al-Shawish, oficial local, o regime colonial pretende demolir as casas no distrito de al-Manshiya sob pretexto de abrir uma nova estrada de terra que atravesse o campo, para fins militares.
As demolições em massa em Nur Shams, conduzidas pelo exército da ocupação, estão basicamente alterando a paisagem ao custo de dezenas de casas e infraestrutura civil estabelecida há décadas, explicou Shawish.
O exército israelense deu aos moradores apenas duas horas e meia, a partir das 11h locais, para remover os pertences de suas casas.
Desde o início das operações em Nur Shams, há 25 dias, Israel tem invadido casas, detido e deslocado residentes e vandalizado ou destruído propriedades públicas e privadas.
O exército mantém ainda um rigoroso cerco ao campo, ao privar as famílias que permaneceram em suas casas de comida, água e medicamentos.
Mais de nove mil moradores, incluindo idosos e doentes, foram deslocados à força, sobretudo nos distritos de al-Maslakh, al-Manshiya, Jabel as-Salihin e al-Nasser.
Especialistas alertam que a recente campanha israelense de larga escala no norte da Cisjordânia tem o objetivo de limpeza étnica dos palestinos nativos — especialmente nos campos de refugiados.
As operações israelenses tiveram início no campo de refugiados de Jenin em 21 de janeiro e se expandiram desde então a Tulkarm, Nur Shams e al-Fari’ah.
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