clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Desistir da resistência armada é inegociável, reafirma Hamas

5 de março de 2025, às 11h44

Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, braço armado do movimento palestino Hamas, durante entrega de prisioneiros de guerra israelenses à Cruz Vermelha, sob acordo de cessar-fogo, em Rafah, no sul de Gaza, em 22 de fevereiro de 2025 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

Sami Abu Zuhri, liderança do movimento palestino Hamas, reiterou que ceder o direito legítimo de resistência armada frente à ocupação e colonização não é “negociável”, à medida que Israel busca extorquir uma capitulação via interrupção de entrada de bens assistenciais na Faixa de Gaza.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, Abu Zuhri reafirmou que o Hamas não deve aceitar quaisquer tentativas de trocar suas armas por reconstrução ou ajuda humanitária.

“A resistência armada é uma linha vermelha — é inegociável”, insistiu Abu Zuhri. 

Nesta terça-feira (4), o ministro de Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, exigiu o “completo desarmamento” de Gaza — sem, contudo, reciprocidade —, além da soltura de todos os prisioneiros de guerra israelense e remoção do Hamas, como prerrogativas para avançar na segunda fase do acordo de cessar-fogo firmado em janeiro.

O Hamas advertiu que a libertação dos colonos e soldados em sua custódia não seguirá sem o estabelecimento de um acordo efetivo, ao passo que Israel mantém ameaças de voltar a bombardear Gaza uma vez que a entrega se conclua. 

Gaza permanece destruída, após 470 dias de ataques indiscriminados de Israel, com ao menos 48 mil mortos e dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses constituem punição coletiva e genocídio, como investigado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, conforme denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

LEIA: Netanyahu: Estamos “nos preparando para os próximos estágios da guerra”