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Palestinos no presídio israelense de Shatta sofrem abusos e negligência médica

27 de fevereiro de 2025, às 14h51

Familiares protestam pela soltura de prisioneiros palestinos nas cadeias de Israel, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 10 de setembro de 2024 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Prisioneiros palestinos na penitenciária israelense de Shatta estão submetidos a maus tratos e negligência médica sem precedentes, reportou nesta quinta-feira (27) a Comissão de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros da Palestina.

O comitê descreveu como “aterradoras” as condições impostas aos prisioneiros palestinos em Shatta, “expostos constantemente a espancamentos brutais e ataques com spray de pimenta, forçados a comer alimentos crus”.

Segundo um advogado do órgão que visitou Shatta recentemente, os prisioneiros sofrem total negligência médica.

O advogado detalhou os casos de Waleed Musallam, paciente com psoríase grave, e Fadi Raddad, que sofre de dores crônicas nas costas e ombro direito decorrentes de uma agressão conduzida por seus carcereiros israelenses.

Os prisioneiros reforçaram apelos a grupos de direitos humanos internacionais para que intervenham junto ao Serviço Penitenciário de Israel, a fim de que possam exercer seus direitos religiosos no mês do Ramadã, sem restrições arbitrárias postas pelas autoridades da ocupação.

Em sentido cotidiano, os prisioneiros pediram melhoria na qualidade dos alimentos disponibilizados, para além de acesso a livros, incluindo Alcorão, e mesmo relógios — cuja proibição sugere tortura psicológica.

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