Autoridades israelenses informaram a administração da Mesquita de Abraão, também conhecida como Túmulo dos Patriarcas, em Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, que a gestão do complexo multirreligioso foi transferida do Ministério de Recursos Islâmicos da Autoridade Palestina (AP) para a Autoridade de Planejamento Civil de Israel — órgão colonial responsável pelos assentamentos ilegais.
As informações são da rede de notícias Quds Press.
Sob o arbítrio israelense, obras serão retomadas para o telhado de um local de preces instalado ilegalmente por colonos supremacistas, há 20 anos, em uma área designada como pátio da mesquita.
Forças coloniais deram início às obras em 9 de julho último, em meio a uma campanha de violência colonial na região. Contudo, suspenderam o trabalho dois dias depois, sob protestos da população de Hebron, incluindo marchas e sit-ins.
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O ministério da Autoridade Palestina, radicada em Ramallah, rejeitou a decisão israelense, ao reivindicar tutela sobre a Mesquita de Abraão.
O Hamas condenou igualmente a medida, ao chamá-la de “agressão flagrante ao status consolidado da Mesquita de Abraão e grave violação junto à onda de ataques em curso contra santuários islâmicos”.
Em nota emitida nesta quarta-feira (26), o Hamas notou que a decisão coincide com o 31º aniversário de um atentado terrorista na mesquita realizado por um colono ilegal, reverenciado nos assentamentos supremacistas israelenses.
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