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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel intensifica demolição de prédios civis na Cisjordânia ocupada

Demolições israelenses contra estruturas civis palestinas em At-Tur, em Jerusalém Oriental ocupada, em 14 de agosto de 2024 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

O regime israelense intensificou a emissão de ordens arbitrárias de demolições contra prédios civis palestinos na Cisjordânia ocupada e dentro do território designado Israel, sob pretexto de falta de alvarás, reportou o Centro de Informações da Palestina.

Autoridades coloniais ordenaram a demolição de sete casas em Furush Beit Dajan, a leste de Nablus, na Cisjordânia, como parte de um ataque sem precedentes contra a região, reportou o chefe da aldeia, Tawfiq Hajj Mohammed.

Em Taquu, ao sul de Belém, tratores da ocupação destruíram uma casa de dois andares pertencente aos irmãos Usama e Tayseer Sulaiman. A área foi totalmente cercada, com tropas impedindo o acesso e a movimentação dos moradores.

Neste mesmo contexto, um cidadão palestino foi coagido a demolir sua própria residência em Wadi Ara, sob ameaça de multas abusivas.

Na aldeia de Sur Baher, ao sul de Jerusalém ocupada, tratores israelenses avançaram na quarta-feira (29) contra a Mesquita de Al-Taqwa, além da Mesquita de Hamza, no campo de refugiados de Jenin, notou o Ministério de Recursos Religiosos (Awqaf) da Autoridade Palestina.

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O Ministério de Relações Exteriores corroborou as violações, ao destacar ataques deliberados contra a população civil palestina e seus santuários.

A leste de Belém, forças ocupantes invadiram An-Noa’man, ao dispersar ordens de demolição para 45 casas, no intuito de esvaziar a aldeia.

Jamal al-Daraawi, chefe do conselho local, reiterou que as ordens buscam deslocar os palestinos à força para anexar ilegalmente as terras ao Estado ocupante. Conforme al-Daraawi, um tribunal militar de Israel impôs impostos imobiliários abusivos a todas as casas da aldeia há cerca de um ano e meio, ao antecipar as violações.

Autoridades da ocupação israelense destruíram, pela 235ª vez, a aldeia beduína de al-Araqeeb, na região do Negev. Os residentes palestinos, contudo, insistem em retornar e construir suas tendas.

Entre janeiro de 2010 e janeiro de 2025, Israel destruiu ao menos 8.765 instalações palestinas na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas, entre as quais 3.107 estruturas agrícolas e 2.727 residências, conforme o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

Campanhas de demolição abrangem não apenas esforços declarados de limpeza étnica e anexação ilegal, como punição coletiva contra a população nativa, por sua resistência legítima frente à ocupação e colonização.

Em matéria relacionada, o parlamento israelense (Knesset) aprovou um projeto de lei para permitir que colonos ilegais assumam posse de terras e bens palestinos, política supremacista e incitação direta aos frequentes pogroms contra os árabes nativos nos territórios ocupados.

Todos os assentamentos e colonos nos territórios ocupados são ilegais sob a lei internacional e sua presença constitui crime de guerra.

Em setembro, a Assembleia Geral da ONU deferiu, por ampla maioria, uma resolução pela evacuação das partes ocupantes nos territórios palestinos, além indenização aos nativos, com prazo de um ano para ser implementada.

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