O movimento palestino Hamas, que administra a Faixa de Gaza, confirmou nesta terça-feira (4) o início de negociações para a segunda fase do acordo de troca de prisioneiros e cessar-fogo no enclave sitiado, segundo informações da agência Anadolu.
“Começaram as negociações e contatos para a segunda fase do acordo”, comentou em nota o porta-voz Abdel Latif al-Qanoua. “Estamos focados agora em abrigo, assistência e reconstrução em nome de nosso povo em Gaza”.
Qanoua, no entanto, acusou Israel de “adiar a implementação dos protocolos humanitários conforme o acordo e procrastinar sua execução”.
“Abrigo e assistência humanitária são prioridades de máxima urgência, que não podem estar submetidas aos ditames israelenses”, acrescentou.
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O acordo, em vigor desde 19 de janeiro, prevê seis semanas de trégua, com eventual extensão via negociações. Desde então, centenas de milhares de pessoas retornaram ao norte e centro de Gaza.
Israel manteve ataques indiscriminados ao estreito enclave a partir de 7 de outubro de 2023, como retaliação e punição coletiva por uma ação transfronteiriça do Hamas que capturou colonos e soldados.
Apesar da destruição generalizada da infraestrutura civil de Gaza, com 48 mil mortos e dois milhões de desabrigados, os esforços militares de Israel falharam em recuperar os prisioneiros de guerra, nos 15 meses de operações.
Israel é ainda réu por genocídio, por suas ações em Gaza, no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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