A guerra de Israel contra os trabalhadores de saúde em Gaza

A partir de outubro de 2023, o sistema de saúde em Gaza se viu sob ataques implacáveis, com trabalhadores de saúde como alvos primários do exército de Israel. Historicamente protegidos em zonas de conflito, os trabalhadores de saúde passaram a viver em risco na Faixa de Gaza, sob violência, intimidação e detenção nas mãos das forças israelenses. Hospitais mal funcionam, com pouquíssimos recursos e especialistas. Muitas ambulâncias foram atingidas e destruídas e médicos humanitários que tentaram entrar em Gaza sofreram assédio e proibição na fronteira, incluindo ameaças a sua segurança. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou mais de 600 ataques a instalações médicas em Gaza, com mil trabalhadores de saúde mortos, sem qualquer responsabilização. Em um dos casos, o exército israelense invadiu o Hospital Kamal Adwan, prendendo profissionais e ateando fogo ao edifício. O acordo de cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro, permitiu a entrada de uma pequena parte da ajuda humanitária necessária a Gaza. O sistema de saúde, entretanto, permanece em crise e muitos trabalhadores continuam sob custódia de Israel, com destino e paradeiro incertos.