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Síria pós-Assad cancela contrato de gestão portuária com empresa russa

Porto sírio de Latakia.[Foto via Getty Images]

O novo governo da Síria, estabelecido interinamente após a queda do presidente Bashar al-Assad, em dezembro, rescindiu um contrato com uma companhia russa para administrar e operar o porto de Tartous, afirmaram três empresários à imprensa.

A comunicação do governo, no entanto, não confirmou os relatos.

Segundo o jornal sírio Al-Watan, Riad Joudy, chefe da repartição aduaneira de Tartous, sugeriu na quinta-feira (23) que o contrato de investimento foi cancelado sob alegação de que a empresa russa STG Stroytransgaz falhou em cumprir seus termos de um acordo assinado em 2019, incluindo investimentos em infraestrutura.

A declaração foi corroborada por três fontes da iniciativa privada, incluindo um empresário que trabalha no porto de Tartous.

A STG Stroytransgaz é uma empreiteira cuja concessão, promulgada pelo regime assadista, previa investimentos e desenvolvimento do porto comercial de Tartous — o segundo maior da Síria, após o porto de Latakia.

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O contrato é independente, no entanto, daquele que estabeleceu uma base naval da Rússia em Tartous, construída pela União Soviética na década de 1970, sob acordo militar entre Moscou e Damasco para acesso estratégico ao Mar Mediterrâneo.

O Kremlin e novo governo da Síria confirmaram recentemente conduzir conversas sobre o futuro da presença militar russa na Síria pós-Assad, após a fuga de Assad a Moscou, em 8 de dezembro.

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia insistiu estar aberto ao que descreveu como diálogos construtivos com a nova administração.

Segundo chanceler russo Sergey Lavrov, a ideia e fortalecer “os fortes alicerces de cooperação bilateral construídos ao longo de muitos anos”, incluindo operações militares e humanitárias, dada urgência de assistência estrangeira.

Em dezembro, Lavrov afirmou, porém, que seu governo não recebeu quaisquer requerimentos de Damasco para reavaliar os acordos referentes às bases russas na Síria, ao mantê-las, portanto, conforme tratados internacionais.

Ahmed al-Shara, comandante-chefe do novo governo, admitiu que Damasco tem interesses estratégicos junto a Moscou, ao alegar que trabalha em benefício do povo e não busca criar tensões com Estados estrangeiros.

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