O presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, expressou surpresa após jornalistas e políticos francesas alegarem que o país norte-africano estaria recebendo recursos assistenciais de Paris, incluindo ameaças de suspendê-los.
Tebboune desmentiu as alegações, ao apontar para “ignorância sobre a Argélia”.
Durante abertura da Sessão de Cinema Nacional, reiterou o presidente: “A Argélia não precisa de ninguém senão seu povo e Deus. Abraçamos quem nos estende a amizade, mas quem prefere hostilidade — aí é problema deles”.
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Os comentários de Tebboune desbancam declarações recentes de oficiais franceses que ameaçaram cortar suposta ajuda de desenvolvimento à Argélia. A extrema-direita francesa disseminou o valor de €800 milhões (US$830 milhões), também desmentido em âmbito interno.
O Serviço de Imprensa Argelina também negou a existência de qualquer ajuda de Paris, ao indicar que as alegações seriam uma tentativa de subjugar Argel.
Segundo as informações compiladas pela agência oficial argelina, as relações econômicas entre as partes se resumem a exportações e investimentos franceses no valor de US$3.2 bilhões e US$2.5 bilhões em 2023, respectivamente.
A reportagem destacou o volume é modesto quando comparado a países como Catar, Turquia e Estados Unidos.