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Exército israelense lança nova operação militar no centro de Gaza

Tanques israelenses e veículos blindados de transporte de pessoal no sul de Israel, movem-se ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza antes de entrar na Faixa de Gaza, em 10 de abril de 2024 [Amir Levy/Getty Images]

O exército israelense anunciou, na quinta-feira (11), o lançamento de uma nova operação militar “direcionada” no centro de Gaza, informou Agência Anadolu.

Em um comunicado, o exército disse que, antes de os soldados israelenses iniciarem a incursão, aviões de guerra e artilharia israelenses atacaram os arredores do campo de refugiados de Nuseirat, alegando que os alvos eram a infraestrutura militar do grupo palestino Hamas, incluindo lançadores de foguetes.

Acrescentou que a campanha militar estava sendo realizada pela 162ª Divisão do exército, a brigada de infantaria Nahal e outras unidades, além do apoio de fogo naval.

Comentando sobre a operação, o ministro das Finanças de extrema direita, Bezalel Smotrich, disse que o exército israelense deve intensificar as operações militares em Nuseirat e em outras partes da área de Deir al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, bem como na cidade de Rafah, ao sul.

Vários países, inclusive os EUA, pediram a Israel que abandonasse os planos de uma ofensiva militar contra Rafah, que abriga quase 1,4 milhão de palestinos deslocados.

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Israel empreendeu uma ofensiva militar mortal contra a Faixa de Gaza desde um ataque transfronteiriço realizado em 7 de outubro pelo grupo de resistência palestina Hamas, que matou aproximadamente de 1.200 pessoas.

No entanto, desde então, o Haaretz revelou que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela Resistência Palestina.

Desde então, mais de 33.300 palestinos foram mortos e quase 76.000 ficaram feridos em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade.

A guerra israelense, agora no 186º dia, levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

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