Israel cogita a libertação condicional de 900 prisioneiros palestinos em troca de 40 reféns

Tel Aviv está analisando uma proposta do diretor da CIA dos EUA para libertar 900 prisioneiros palestinos em troca de 40 reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas, com a condição de que eles sejam deportados para outro país e não tenham permissão para voltar para suas casas na Faixa de Gaza, informou a mídia local.

“Uma proposta do diretor da CIA, William Burns, permitiria que o Hamas libertasse 40 reféns e que Israel libertasse 900 prisioneiros de segurança palestinos, 100 dos quais estão cumprindo penas de prisão perpétua”, disseram autoridades israelenses não identificadas ao site de notícias Walla na terça-feira (09), informou a Agência Anadolu.

“Israel estava tentando deportar os prisioneiros libertados para o exterior em vez de permitir que eles entrassem na Cisjordânia ou em Gaza, e estava exigindo um veto sobre os prisioneiros específicos libertados”, disseram as autoridades ao site.

Não houve comentários das partes envolvidas sobre os relatórios do site a respeito das condições israelenses.

Acredita-se que o Hamas, que mantém cerca de 130 reféns israelenses, exige o fim da ofensiva contínua de Israel na Faixa de Gaza em troca de qualquer acordo sobre reféns com Tel Aviv.

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Em um acordo anterior, em novembro de 2023, houve a libertação de 81 israelenses e 24 estrangeiros em troca de 240 palestinos, incluindo 71 mulheres e 169 crianças.

Israel empreendeu uma ofensiva militar mortal contra a Faixa de Gaza desde um ataque transfronteiriço realizado em 7 de outubro pelo grupo de resistência palestina Hamas, que matou aproximadamente 1.200 pessoas.

Entretanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela Resistência Palestina.

Desde então, mais de 33.300 palestinos foram mortos e quase 76.000 ficaram feridos em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade.

A guerra israelense, agora no 186º dia, levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.

Israel é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.

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