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Fundador da World Central Kitchen diz que a guerra em Gaza é uma guerra contra a humanidade

Foto: O centro de ajuda alimentar beneficente World Central Kitchen (WCK) no campo de Nuseirat, no centro de Gaza, no domingo, 7 de abril de 2024 [Ahmad Salem/Bloomberg via Getty Images]

Jose Andres, fundador da World Central Kitchen (WCK), colocou em dúvida a investigação israelense sobre os ataques que mataram sete trabalhadores da organização em Gaza, alertando que a guerra na Faixa de Gaza se transformou em uma “guerra contra a própria humanidade”.

Em uma declaração à rede ABC, o chefe da organização de ajuda humanitária sediada nos EUA agradeceu ao exército israelense por conduzir “essa rápida investigação”. No entanto, ele pediu uma investigação mais completa e independente.

Ele pediu informações adicionais e gravações de vídeo de melhor qualidade e perguntou sobre o conteúdo da comunicação sem fio entre oficiais e soldados.

“Eu diria que o autor do crime não pode estar investigando a si mesmo”, disse Andres.

O exército israelense disse que os ataques realizados por suas forças na semana passada, nos quais os trabalhadores da WCK em Gaza foram mortos, foram um “grave erro”.

LEIA: O ataque ao comboio de ajuda em Gaza é resultado da impunidade de Israel, e a resposta mostra a extensão da desumanização dos palestinos

O exército israelense atacou o comboio de ajuda com três ataques aéreos que mataram sete pessoas, incluindo três cidadãos britânicos, um canadense-americano, um polonês, um australiano e um palestino, apesar de terem sido previamente notificados sobre a rota do comboio.

“Não se trata mais dos sete homens e mulheres da World Central Kitchen que morreram nesse infeliz evento. Isso já está acontecendo há muito tempo. Já faz seis meses que atacam qualquer coisa que pareça se mover”, disse Andres, segundo a ABC.

Ele acrescentou:

Essa não parece ser uma guerra contra o terror. Não parece mais uma guerra para defender Israel. A essa altura, parece realmente uma guerra contra a própria humanidade.

Andres descreveu a abertura de novas rotas de ajuda como um “primeiro passo” e disse que apoia o direito de Israel de se defender, mas questionou por que os EUA estão armando um país que mata cidadãos americanos que são trabalhadores humanitários.

Ele também comparou a destruição em Gaza com a da Ucrânia, acrescentando que as ações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, são semelhantes às do presidente russo, Vladimir Putin, que destruiu cidades inteiras na Ucrânia.

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