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Segundo a OMS, doenças infecciosas aumentam entre os deslocados em Gaza

Vista de uma pilha de lixo enquanto os serviços públicos estão paralisados devido a meses de ataques israelenses em Rafah, Gaza, em 13 de janeiro de 2024 [Abed Zagout/Agência Anadolu]

Gaza está sofrendo um aumento de doenças infecciosas em um momento em que o sistema de saúde mal funciona, disse ontem a porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Falando aos repórteres, a Dra. Margaret Harris disse que apenas dez dos 36 hospitais da Faixa de Gaza estão funcionando parcialmente, seis deles localizados no sul da Faixa e quatro no norte.

Ela explicou que pelo menos 15 crianças desnutridas chegam diariamente ao Hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, que está enfrentando dificuldades na prestação de serviços devido à falta de água, alimentos e saneamento, além de equipamentos técnicos.

Harris ressaltou que há 18 equipes médicas de emergência estacionadas no sul de Gaza, e apenas dois dos três hospitais de campanha estão funcionando.

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Ela destacou que “614.000 casos de infecções respiratórias superiores e 330.000 casos de diarreia foram registrados entre os deslocados em centros de abrigo desde 7 de outubro”.

A médica apontou, ainda, que 83.500 casos de sarna, 48.000 erupções cutâneas, 7.300 casos de catapora e icterícia foram monitorados em 21.300 pessoas.

“Os casos de sarampo diagnosticados nos centros de saúde da UNRWA são preocupantes”, continuou ela, enfatizando que 9.000 pacientes em Gaza precisam ser evacuados para receber tratamento, incluindo mais de 6.000 pacientes com trauma psicológico e 2.000 pacientes que sofrem de doenças crônicas graves, como câncer.

“Quase 3.400 pessoas foram evacuadas até agora, mas é preciso mais”, acrescentou.

Até domingo, o número de mortos da guerra de Israel contra a Faixa de Gaza sitiada chegou a 33.175 palestinos e 75.886 feridos, além do deslocamento de cerca de 85% da população da Faixa, de acordo com organizações palestinas e internacionais.

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