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Denúncias de relatora da ONU impõem teste à comunidade internacional, alerta Hamas

Combatentes das Brigadas Izz al-Din al-Qassam, braço armado do movimento Hamas, no campo de Maghazi, em 19 de julho de 2023 [Ahmed Hasaballah/Getty Images]

O movimento palestino Hamas reiterou que as declarações de Francesca Albanese, relatora especial das Nações Unidas, sobre a situação na Faixa de Gaza sitiada representam um “verdadeiro teste” à comunidade internacional e à própria ONU diante da crise.

Albanese destacou recentemente que há “evidências razoáveis para crer que limites foram trespassados sobre a execução de crime de genocídio contra os palestinos de Gaza”.

“As declarações da sra. Albanese são mais um reconhecimento de um oficial de alto escalão das Nações Unidas sobre o genocídio”, comentou o Hamas. “A comunidade internacional e as Nações Unidas têm agora de responder ao proteger a humanidade e cumprir suas responsabilidades para evitar tais atos”.

O grupo palestino instou ainda o Tribunal Penal Internacional (TPI) a “superar seu silêncio e agir urgentemente contra os líderes da ocupação responsáveis pelo genocídio e a limpeza étnica do povo palestino, que ocorre em Gaza aos olhos de todo o mundo”.

Na sexta-feira (22), afirmou Albanese: “O volume colossal de evidências sobre crimes e violações da lei internacional perpetrados por Israel em Gaza, nos últimos seis meses, podem manter Haia ocupada pelas próximas cinco décadas”.

LEIA: OMS documenta 410 ataques a instalações de saúde em Gaza

Em postagem no Twitter (X), Albanese reiterou a necessidade de justiça.

Organizações internacionais, incluindo agências das Nações Unidas e o Conselho de Segurança, pedem um cessar-fogo imediato em Gaza, incluindo acesso humanitário. Todavia, sem o aval de Israel. De acordo com a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), a fome “está por toda a parte”.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 32.490 mortos e 74.889 feridos, além de oito mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados. Entre as mortes, são 13 mil crianças e quase nove mil mulheres.

Escolas, hospitais, abrigos e mesmo rotas de fuga não foram poupados.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de janeiro, Tel Aviv ainda impõe um cerco militar absoluto aos 2,4 milhões de palestinos de Gaza — sem água, comida, medicamentos, energia elétrica ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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