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Greve geral em Jenin lamenta palestinos mortos pela ocupação israelense

Funeral a palestinos mortos por bombardeio israelense ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 20 de março de 2024 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

Uma greve geral teve início nesta quinta-feira (21) na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, e seu campo de refugiados adjacente, como um gesto de luto após três palestinos serem mortos por um drone israelense na noite anterior.

As informações são da agência de notícias Wafa.

As vítimas foram identificadas como Mahmoud Bassam Rahal, Muhammad Abdullah al-Fayed e Ahmed Hani Barakat. Uma quarta vítima sofreu ferimentos graves.

Multidões de Jenin e arredores participaram de uma procissão funeral aos três cidadãos, porém submetida a repressão por forças colaboracionistas da Autoridade Palestina.

Lojas, negócios e escolas na cidade fecharam as portas. Ônibus não saíram das garagens.

Segundo testemunhas, drones militares lançaram dois mísseis contra o veículo no qual estavam as vítimas, enquanto este passava pela rua oposta ao Hospital Ibn Sina.

O residente local Amir Al-Sabah, de 30 anos de idade, teve de abandonar seu carro, tomado por um incêndio devido à explosão.

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Israel intensificou os ataques armados à Cisjordânia nos últimos seis meses. Dados das Nações Unidas mostram que 358 pessoas foram mortas desde então — um quarto crianças.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do movimento Hamas que capturou colonos e soldados. De acordo com o exército israelense, cerca de 1.200 pessoas morreram na ocasião.

No entanto, reportagens do jornal israelense Haaretz revelaram que uma parte considerável das fatalidades se deu por “fogo amigo”, sob ordens gravadas de líderes militares de Israel para que suas tropas atirassem em reféns e residências civis.

Em Gaza, são 31.923 palestinos mortos e 74.096 feridos, além de oito mil desaparecidos e dois milhões de pessoas desabrigadas pelas ações de Israel.

Na Cisjordânia, mais de sete mil palestinos foram presos arbitrariamente pelas forças coloniais no mesmo período — a maioria permanece em custódia sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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