A agressão israelense aos territórios palestinos ocupados elevou ainda mais a taxa de desemprego entre a população nativa, excedendo 50% da Cisjordânia e Faixa de Gaza, reportou nesta segunda-feira (18) a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Meio milhão de empregos foram perdidos desde 7 de outubro, segundo informações da agência de notícias Reuters. Caso a ofensiva israelense continue até o fim de março, espera-se um aumento nas taxas de desemprego a 57% entre os palestinos, advertiu o relatório.
Ruba Jaradat, diretor regional da OIT, destacou que a destruição da infraestrutura civil em Gaza, incluindo escolas, hospitais e negócios, “dizimou setores inteiros da economia e paralisou o mercado de trabalho, com repercussões sem precedentes à vida e subsistência dos palestinos e das gerações porvir”.
Em Gaza, aproximadamente 200 mil postos de trabalho foram perdidos, totalizando dois terços dos cargos disponíveis. O desemprego atinge três quartos da força de trabalho. Trata-se de recorde em meio a uma série histórica marcada pelos 16 anos de cerco israelense.
O relatório descreve a situação na Cisjordânia como “quase lockdown”, com mais de 650 checkpoints temporários ou permanentes instalados pelo exército israelense em toda a região, com prejuízos notáveis à economia.
Mais de 300 mil empregos foram perdidos — um terço dos cargos.
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