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Ministro de Israel pede que governo declare guerra ao Líbano

Residentes e socorristas buscam sobreviventes de um bombardeio israelense à região de Baalbek, no sul do Líbano, em 12 de março de 2024 [Suleiman Amhaz/Agência Anadolu]
Residentes e socorristas buscam sobreviventes de um bombardeio israelense à região de Baalbek, no sul do Líbano, em 12 de março de 2024 [Suleiman Amhaz/Agência Anadolu]

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, reivindicou do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que declare guerra ao Líbano, segundo informações da agência de notícias Anadolu.

“Temos de responder, de atacar — guerra já!”, declarou Ben-Gvir nesta terça-feira (12) em publicação na rede social X (Twitter).

Ao confrontar diretamente o ministro da Defesa, Yoav Gallant, insistiu Ben-Gvir: “O exército é sua responsabilidade. Que é que você está esperando?”.

Os ataques de Ben-Gvir a seu colega de gabinete sucedem um relato recente da rádio militar israelense de que cem foguetes foram lançados a colonatos israelenses a partir do sul do Líbano no começo desta semana.

O exército israelense manteve, no entanto, seus ataques aéreos a Baalbek, região que descreve como bastião do Hezbollah no leste do Líbano. Uma pessoa morreu e oito ficaram feridas.

Outros alvos foram atingidos nas cidades fronteiriças de Bint Jbeil e Khiam.

Tensões permanecem altas na fronteira israelo-libanesa, em meio a uma intensa troca de disparos entre Tel Aviv e o movimento Hezbollah — ligado a Teerã. Trata-se da maior escalada entre as partes desde a guerra aberta de 2006.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Dois terços das vítimas são mulheres e crianças.

As ações são retaliação a uma operação do Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados. Segundo o exército israelense, cerca de 1.200 pessoas morreram na ocasião.

No entanto, reportagens investigativas do jornal israelense Haaretz mostraram que parte considerável das fatalidades se deu por “fogo amigo”, sob ordens gravadas de líderes militares para que suas tropas atirassem em reféns e residências civis.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, de 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, medicamentos, energia elétrica ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

 LEIA: Mortes incontáveis e pessoas destroçadas: médico franco-marroquino relembra memórias dolorosas de Gaza

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