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Israel instala arame farpado em portão de acesso a Al-Aqsa

Muçulmanos realizam oração do tarawih na primeira noite do Ramadã, no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, 11 de março de 2024 [Saeed Qaq/Agência Anadolu]

Israel instalou arame farpado em uma cerca ao redor do Portão do Leão, área de acesso ao complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, reportou nesta segunda-feira (11) o escritório do governador palestino de Jerusalém, Adnan Gaith.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“Este é um perigoso precedente, inédito desde 1967”, alertou o gabinete em nota.

O Portão do Leão, ou Bab al-Asbat, é situado na Cidade Velha de Jerusalém e um dos mais antigos portões de acesso a Al-Aqsa.

A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos. Judeus fundamentalistas descrevem a área como Monte do Templo, ao reivindicá-la para construção de um suposto santuário da Antiguidade.

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Segundo o comunicado, “ao menos 275 colonos israelenses invadiram a Mesquita de Al-Aqsa sob escolta pesadamente armada de forças da ocupação israelense” no primeiro dia do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.

Nasser Qaws, liderança do partido palestino Fatah, destacou que a medida israelense “busca impedir os palestinos de entrar em Al-Aqsa durante o Ramadã”, segundo informações da agência de notícias Wafa.

Autoridades israelenses não comentaram a medida.

Na noite de domingo (10), forças israelenses impediram centenas de palestinos de entrar em Al-Aqsa para realizar seu primeiro tarawih, oração realizada durante o mês sagrado.

O Ramadã deste ano — mês de festividades islâmicas, no qual fiéis jejuam do nascer ao pôr do sol — coincide com o genocídio em Gaza e a escalada na Cisjordânia e em Jerusalém.

Israel ocupou Jerusalém Oriental, onde está Al-Aqsa, em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Em 1980, anexou toda a cidade, medida jamais reconhecida internacionalmente.

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