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Dia da Mulher: ONU reporta recordes diário de mortes entre as mulheres de Gaza

Palestinos feridos por ataque israelense no Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir Al Balah, em Gaza, 8 de março de 2024 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

A Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) confirmou nesta sexta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que ao menos 63 mulheres de Gaza são mortas diariamente pelos ataques de Israel.

A maioria das vítimas deixam filhos órfãos sob o cerco israelense.

Em postagem na rede social X (Twitter), declarou a agência: “Neste Dia Internacional da Mulher, mulheres de Gaza continuam a sofrer as consequências desta guerra brutal. Ao menos nove mil mulheres foram mortas e muitas outras estão sob os escombros”.

“Em média, 63 mulheres são mortas em Gaza a cada dia — das quais, 37 são mães”.

Na sexta-feira, o gabinete de imprensa do governo em Gaza lamentou 8.900 mulheres “mortas a sangue frio” e reafirmou que as sobreviventes vivem em condições de humilhação e degradação impostas por Israel.

LEIA: A morte de mulheres palestinas e o silêncio das feministas e da academia

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 30.878 mortos e 72.402 feridos — dois terços dos quais são mulheres e crianças. Há também dois milhões de desabrigados.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu o vasto número de mortos palestinos, após contestar o número previamente. Além disso, admitiu que as vítimas são majoritariamente civis — e não membros do Hamas.

Em depoimento juramentado ao parlamento, seu secretário da Defesa, Lloyd Austin, chegou a mencionar o índice impressionante de 25 mil crianças e mulheres mortas em Gaza em somente cinco meses. Trata-se do maior número citado oficialmente por fontes americanas.

As ações israelenses em Gaza são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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