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Primeiro-ministro palestino Mohammad Shtayyeh renuncia

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, faz declarações na reunião semanal do governo e anuncia sua renúncia, em 26 de fevereiro de 2024, em Ramallah, Cisjordânia. [Issam Rimawi – Agência Anadolu]

O primeiro-ministro palestino, Muhammad Shtayyeh, anunciou hoje que apresentou a renúncia do Governo, em meio a forte pressão de Israel e seus aliados, que exigem reformas do presidente Mahmoud Abbas.

Na terça-feira passada coloquei a renúncia do gabinete à disposição de Abbas e esta segunda-feira apresentei-o por escrito, detalhou Shtayyed no início de uma reunião com os ministros desta cidade.

“Esta decisão surge à luz dos desenvolvimentos políticos, de segurança e econômicos relacionados com a agressão contra o nosso povo na Faixa de Gaza, e a escalada sem precedentes na Cisjordânia”, destacou o responsável, citado pela agência oficial de notícias Wafa.

O líder palestino denunciou o ataque feroz e sem precedentes contra os habitantes daquele enclave costeiro, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.

Denunciou também o genocídio, as tentativas de deslocamento forçado, a fome em Gaza, a intensificação da política expansionista na Cisjordânia e o terrorismo praticado pelos colonos judeus.

LEIA: ONU diz que os planos pós-guerra de Israel em Gaza são contra a solução de dois Estados

Shtayyed criticou as tentativas do país vizinho de liquidar a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados Palestinianos no Médio Oriente e de converter a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) numa instituição administrativa de segurança, sem conteúdo político.

Este governo trabalhou em circunstâncias complexas e enfrentou batalhas impostas, tanto de Israel como de crises internacionais, incluindo a pandemia de Covid-19, sublinhou.

Passaram cinco anos desde a formação do gabinete, consequentemente, vejo que a próxima fase e os seus desafios exigem novos acordos governamentais e políticos que tenham em conta a nova realidade em Gaza, as conversações de unidade nacional e a necessidade urgente de um diálogo inter-governamental. Consenso palestino, destacou.

Nas últimas semanas, Israel exigiu repetidamente mudanças na ANP, que foi apoiada pelos Estados Unidos e vários aliados.

Publicado originalmente em Prensa Latina

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