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Milhares de pessoas se manifestam na Espanha pedindo embargo de armas a Israel e apoio à Palestina

Milhares de pessoas marcham pela proibição do comércio de armas com Israel e em apoio aos palestinos em Madri, Espanha, em 25 de fevereiro de 2024 [Burak Akbulut/ Agência Anadolu]

Em uma demonstração de solidariedade com a Palestina e condenação das ações de Israel, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas em toda a Espanha em uma onda de manifestações exigindo a interrupção imediata do comércio de armas com Israel, informa a Agência Anadolu.

Organizados por grupos da sociedade civil de esquerda e apoiados por vários partidos políticos, os protestos ressoaram com cantos que pediam o fim do que os manifestantes chamaram de “genocídio na Palestina” e pediam o rompimento dos laços com Israel.

Lideradas pela líder esquerdista do Podemos, Ione Belarra, as manifestações ganharam força quando ela anunciou planos de apresentar uma moção no parlamento pedindo um embargo de armas a Israel.

Belarra enfatizou a necessidade de sinceridade por parte do governo, acusando a atual coalizão de promessas vazias e nenhuma ação concreta em seu apoio à Palestina.

“Veremos a sinceridade do governo na moção que apresentaremos ao parlamento para impor um embargo de armas a Israel. Se eles realmente quiserem acabar com o genocídio e não quiserem ser cúmplices de Israel, eles proibirão o comércio de armas”, disse ela.

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Os protestos, que atraíram um número significativo de pessoas na capital Madri, apresentaram slogans denunciando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza, onde os ataques israelenses mataram cerca de 30.000 palestinos.

O Podemos, apesar de não fazer parte da coalizão governista da Espanha, apoiou as manifestações, destacando a unidade entre várias facções da Espanha em seu apoio à Palestina.

Os manifestantes também criticaram as afirmações do Ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, de que o comércio de armas da Espanha com Israel havia sido interrompido desde 7 de outubro, descartando-as como falsas.

Eles citaram dados comerciais que indicam a colaboração contínua entre empresas espanholas e Israel no setor militar.

“Israel continua seu massacre contra a Palestina com veemência… Isso não é apenas contra os palestinos, mas também contra o colonialismo e os crimes contra os direitos humanos em todo o mundo. Devemos continuar a levantar nossas vozes e insistir que a comunidade internacional intervenha”, disse Maria Rocas, uma manifestante em Madri, à Anadolu.

As manifestações, que abrangeram mais de 100 cidades e vilas, incluindo Barcelona, Corunha, Málaga e Tenerife, significam um apelo retumbante da população espanhola por solidariedade à Palestina e condenação das ações de Israel.

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