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Irlanda reforça apelos por cessar-fogo em Gaza, pede respeito à lei internacional

Mary Lou McDonald, líder do partido irlandês Sinn Fein, em Athlone, Irlanda, 11 de novembro de 2023 [Charles McQuillan/Getty Images]

Durante coletiva de imprensa com correspondentes estrangeiros, Mary Lou McDonald, líder do partido governista irlandês Sinn Fein, voltou a enfatizar a urgência de um cessar-fogo em Gaza, assim como a necessidade de que se respeite a lei humanitária internacional.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

McDonald expressou profunda preocupação sobre a escalada de violência no Oriente Médio, ao descrever a situação como um filme perturbador cujas cenas se desenrolam dia após dia. A líder irlandesa destacou a necessidade de uma ação unificada global pelo fim do massacre em curso, perpetrado pelas forças da ocupação israelense.

McDonald afirmou que a comunidade irlandesa fala em uníssono no que diz respeito ao apoio e à solidariedade com o povo palestino.

“Aproveitamos a oportunidade para garantir de que o primeiro-ministro [do Reino Unido], Rishi Sunak, nos tenha ouvido alto e claro, em termos de nosso ponto de visto sobre a Palestina e um cessar-fogo”, destacou McDonald, ao reafirmar a importância de promover a paz.

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Ao direcionar sua mensagem ao governo israelense, McDonald reforçou o imperativo de cessar-fogo. À comunidade internacional, criticou a ambiguidade e incoerência, ao observar que sinais cruzados servem apenas para alimentar o conflito.

“A mensagem dos líderes globais tem de ser clara sobre a aplicação da lei internacional”, insistiu McDonald, ao observar que seu respeito deve ser inequívoco, sem exceções.

McDonald exaltou a postura proativa da África do Sul em levar a questão palestina aos tribunais internacionais, como um passo importante para responsabilidade e justiça. Além disso, instou Dublin a assumir uma participação ainda maior nos procedimentos legais.

McDonald reiterou o apoio do partido Sinn Fein — com raízes na luta por libertação da Irlanda, sob violento colonialismo britânico — ao reconhecimento de um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como sua capital.

“Somos pequenas ilhas, sabemos, não somos uma superpotência”, concluiu McDonald. “Porém, temos experiência e perspectiva no assunto, temos voz e estamos determinados a continuar a falar sobre a Palestina”.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 27.708 mortos e 67.174 feridos. Cerca de 85% da população foi deslocada à força e 60% da infraestrutura civil do território foi destruída, conforme dados das Nações Unidas.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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