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Israel mantém detidos nove mil palestinos, estima ong

Protesto palestino em solidariedade aos presos políticos da ocupação israelense, em frente ao escritório da Cruz Vermelha em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 2 de janeiro de 2024 [Issam Rimawi/Agência Anadolu via Getty Images]

A ong israelense HaMoked revelou nesta quinta-feira (1º) que o número de prisioneiros palestinos nas cadeias da ocupação aproxima-se de nove mil pessoas, incluindo indivíduos capturados em Gaza.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Segundo a HaMoked, números reunidos de autoridades carcerárias sugerem que “8.926 presos de segurança [sic] estão mantidos em presídios dentro de Israel”.

Destes, ao menos 2.084 palestinos foram condenados por tribunais militares — isto é, em caráter discriminatório —, enquanto 2.752 continuam detidos em prisão preventiva. Outros 3.484 palestinos estão sob detenção administrativa — sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.

Conforme a HaMoked, Israel mantém em custódia ao menos 606 palestinos de Gaza sob a classificação de “combatentes ilegais”, capturados desde a operação transfronteiriça do Hamas de 7 de outubro.

Os números, no entanto, se limitam aos dados fornecidos pelo Serviço Penitenciário de Israel (SPI).

LEIA: Israel se nega a fornecer informações sobre detidos em Gaza, alerta ong

“O tratamento deferido por Israel aos presos de segurança viola seus direitos à igualdade, dignidade, vida familiar, educação e muito mais, em franco detrimento da lei internacional”, advertiu a HaMoked.

Israel retém dados sobre o número de palestinos detidos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, mas estimativas apontam para 2.500 presos desde então.

Na quarta-feira (31), o exército afirmou ter detido 2.990 palestinos na Cisjordânia ocupada desde outubro, incluindo 1.350 pessoas acusadas de serem filiados ao grupo palestino Hamas.

Dados indicam, porém, seis mil presos na Cisjordânia ocupada desde então, dobrando efetivamente a população carcerária palestina.

Em Gaza, são 26 mil mortos, 65 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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