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EUA não têm planos para reduzir envio de armas a Israel

Barbara Leaf, secretária-adjunta de Estado dos Estados Unidos para Assuntos do Oriente Médio, em Beirute, no Líbano, em 24 de março de 2023 [AFP via Getty Images]

Barbara Leaf, secretária-adjunta de Estado dos Estados Unidos para Assuntos do Oriente Médio, confirmou nesta quinta-feira (1°) que o governo democrata do presidente Joe Biden não possui planos para reduzir o envio de armas a Israel.

“Em uma palavra, não, não ponderamos sobre isso”, declarou Leaf, questionada pela imprensa, durante coletiva de imprensa realizada por videoconferência.

Leaf insistiu que emissários israelenses e palestinos mantêm conversas indiretas por um acordo de cessar-fogo; no entanto, sem dar detalhes”.

Sobre os ataques israelenses ao território do Líbano, comentou Leaf: “Há um nível aterrador de volatilidade na fronteira norte”.

Israel mantém disparos ao sul do território levantino há quase 120 dias, incluindo projéteis de fabricação americana contendo fósforo branco — proibidos internacionalmente, responsáveis por causar queimaduras e danos ambientais — contra cidades e aldeias.

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“Por mais sinistra que seja a crise, que seja o conflito, estamos determinados a aproveitar e usar a oportunidade apresentada por pessoas cujo enfoque é a busca legítima do povo palestino por um Estado, embora o não cumprimento disso seja utilizado como arma por Irã e redes aliadas”, alegou a oficial da Casa Branca.

Apesar de manter o envio de armas de destruição em massa a Israel, o Departamento de Estado americano insiste em ecoar promessas de uma “solução de dois Estados”, apesar de lideranças coloniais israelenses rechaçarem a proposta abertamente, ao adotarem em seu lugar uma visão supremacista “do rio ao mar”.

Biden enfrenta crise interna à véspera de uma conturbada campanha à reeleição, na qual deve voltar a concorrer com seu antecessor Donald Trump. Eleitores progressistas — cruciais à vitória do partido Democrata em 2020 — citam o apoio “incondicional” da Casa Branca à agressão em Gaza como razão para se abster do voto.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 27 mil mortos e 65 mil feridos, em maioria mulheres e crianças.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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