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Israel mata centenas na Cisjordânia, Netanyahu promete mais

Funeral de Muhanned Elfasfus (18) e Mutaz Tabish (30), mortos por forças israelenses durante operação militar no distrito de Dura, na região de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, em 29 de janeiro de 2024 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta terça-feira (30) que suas forças mataram centenas de palestinos na Cisjordânia ocupada desde 7 de outubro de 2023, ao prometer “mais a seguir”.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“Estamos em uma guerra que não vai acabar até conquistarmos uma vitória completa”, reiterou Netanyahu durante encontro com soldados na Cisjordânia, segundo reportagem da rádio militar KAN. “Devemos conquistar a vitória. Para fazê-lo, temos de prestar atenção em todas as frentes, e esta [a Cisjordânia] é de enorme importância”.

“Já eliminamos 500 terroristas [sic] aqui, incluindo hoje em Jenin, e há mais a seguir”, reafirmou o premiê.

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Nesta terça-feira (30), soldados da ocupação israelense cometeram mais um crime de guerra ao invadir o Hospital Ibn Sina, na cidade de Jenin, disfarçados de médicos, enfermeiros e civis, para executar sumariamente três pacientes.

Tensões continuam a escalar na Cisjordânia desde a deflagração do genocídio em Gaza, a partir de 7 de outubro. São mais de 380 mortos e 4.200 feridos no território ocupado em três meses e meio, além de seis mil detidos, dobrando efetivamente a população carcerária palestina.

A maioria dos presos continua em custódia sob detenção administrativa, isto é, sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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