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O jornalista da El Jazeera Wael Dahdouh chega ao Egito vindo de Gaza para tratamento médico

Wael al-Dahdouh (C), repórter da Al Jazeera, ao lado de seu filho ferido no hospital da Cidade de Gaza, Gaza, em 25 de outubro de 2023 [Ashraf Amra/Anadolu Agency]

O jornalista da Al Jazeera, Wael Al-Dahdouh, chegou ao Egito vindo da Faixa de Gaza na terça-feira, a caminho do Catar para receber atendimento médico, informa a Agência Anadolu.

O jornal estatal egípcio Al-Qahera News divulgou a notícia sem fornecer mais detalhes.

O Sindicato dos Jornalistas Egípcios, por sua vez, disse que as autoridades egípcias facilitaram a chegada de Dahdouh de Gaza ao Egito.

“Dahdouh disse que viajará ao Qatar para receber tratamento médico”, disse o sindicato em um comunicado.

As autoridades egípcias ainda não comentaram o fato.

Dahdouh perdeu a esposa, dois filhos, a filha e o neto nos contínuos ataques israelenses à Faixa de Gaza.

No mês passado, o jornalista ficou ferido e seu colega, o cinegrafista Samer Abu Daqqa, foi morto em um bombardeio israelense quando cobriam os acontecimentos na cidade de Khan Yunis, no sul do país.

Na semana passada, o Sindicato dos Jornalistas Egípcios concedeu a Dahdouh o Prêmio de Liberdade de Imprensa de 2024 em homenagem à sua resiliência em meio aos ataques israelenses.

Israel lançou ataques aéreos e terrestres implacáveis contra a Faixa de Gaza desde um ataque transfronteiriço do Hamas que, segundo Tel Aviv, matou 1.200 pessoas.

LEIA: Assassinatos e restrições a jornalistas revelam o que Israel quer esconder

No entanto, desde então, o Haaretz revelou que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, na verdade, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela resistência palestina.

Desde então, pelo menos 24.285 palestinos foram mortos, a maioria mulheres e crianças, e 61.154 ficaram feridos, de acordo com as autoridades de saúde palestinas.

De acordo com a ONU, 85% da população de Gaza já está deslocada internamente em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave está danificada ou destruída.

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