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Presidente da Colômbia insta Biden a parar o genocídio em Gaza

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em Bogotá, em 29 de outubro de 2023 [Chepa Beltran/Long Visual Press/Universal Images Group via Getty Images]

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, voltou a rechaçar nesta quinta-feira (14) os bombardeios israelenses contra Gaza, ao instar o governo dos Estados Unidos do presidente Joe Biden a “parar o genocídio”.

“O presidente Biden deve agir rapidamente para parar o genocídio em Gaza”, declarou Petro no Twitter (X). “O povo israelense deve mudar seu atual governo e abrir caminho a uma paz definitiva baseada na existência de dois Estados soberanos”.

A mensagem de Petro é resposta a notícias de que oficiais da gestão Biden se insurgiram contra o “apoio incondicional” a Israel do presidente, ao reivindicar um cessar-fogo permanente por meio de uma vigília em frente à Casa Branca na quarta-feira (13).

Funcionários administrativos e profissionais de carreira no ramo civil de gestão pública atenderam ao ato com máscaras e óculos escuros, para proteger suas identidades.

O ato soma-se à crise interna no país, à medida que a aprovação de Biden declina mês após mês, às vésperas de um conturbado ano eleitoral.

“O cessar-fogo temporário se encerrou há 13 dias e estamos horrorizados em ver a retomada plena dos assassinatos, deslocamento e bombardeios contra os civis palestinos em Gaza”, comentou Josh Paul, ex-oficial do Departamento de Estado que se demitiu em outubro, em protesto à postura de Biden.

LEIA: “Isso se chama genocídio, eles fazem isso para remover os palestinos de Gaza”, afirma presidente da Colômbia

“Exigimos do presidente Biden e de membros de seu gabinete que se pronunciem: peçam por um cessar-fogo permanente, libertação de todos os reféns e desescalada já!”

Os Estados Unidos mantêm apoio financeiro a Israel e vetou sucessivas resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por um cessar-fogo, a despeito dos apelos do secretário-geral António Guterres pelo fim da guerra.

A organização Human Rights Watch (HRW) alertou que Washington arrisca se tornar cúmplice de crimes de guerra, ao manter seu fornecimento de armas e sua cobertura diplomática às atrocidades israelenses contra a população civil de Gaza.

Petro é um dos líderes globais mais críticos à ofensiva de Israel contra Gaza, que deixou mais de 18 mil mortos e 50 mil feridos até então – cerca de dois terços, mulheres e crianças.

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