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Israel conduz invasão de 12 horas ao campo de Balata, mata palestino a tiros

Forças israelenses atacam o campo de refugiados de Balata, a leste da cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada, em 23 de novembro de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Forças de ocupação israelenses invadiram na noite desta quarta-feira (22) o campo de refugiados de Balata, perto da cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia, matando um palestino e ferindo outros três.

Segundo a agência de notícias Wafa, testemunhas relataram ataques e saques generalizados como parte da operação militar que seguiu por 12 horas, após tropas entrarem pelo leste da cidade sob violentos disparos contra os refugiados palestinos.

Soldados mataram Izz Al-Din Mostafa Hafi, de 18 anos, baleado na cabeça com munição real. Outros três jovens sofreram ferimentos — o primeiro baleado nas costas, outro no pé e uma terceira vítima, de apenas 17 anos, atingida na coxa.

Ahmad Jebril, diretor local do Crescente Vermelho, alertou que as forças ocupantes também obstruíram o acesso das ambulâncias aos feridos

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Testemunhas informaram à agência Anadolu que os soldados revistaram arbitrariamente diversas casas na região, prendendo ao menos nove palestinos. Entre os detidos estavam irmãos e primos, pai e filho, e outros três apreendidos em uma padaria local.

Balata é considerado o maior campo de refugiados da Cisjordânia, com 16 mil habitantes. Situado a leste de Nablus, o campo é regularmente alvo de ataques coloniais que buscam conter núcleos orgânicos da resistência palestina.

Israel conduz bombardeios ininterruptos contra Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma operação do grupo Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados. São mais de 14 mil mortos e 35 mil feridos — a maioria, mulheres e crianças.

Neste entremeio, ataques e pogroms também são realizados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, com mais de 220 mortos, cerca de 2.800 feridos e mais de dois mil novos detidos — a maioria sem julgamento ou acusação; reféns, por definição.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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