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Forças israelenses matam seis palestinos na Cisjordânia ocupada

Funeral de um dos seis palestinos mortos por forças israelenses em Tulkarem, em 22 de novembro de 2023 [Kenzo Tribouillard/AFP via Getty Images]

Cinco pessoas foram mortas e três ficaram feridas por uma bomba israelense durante uma invasão militar ao campo de refugiados de Tulkarem.

Um jovem ferido na cabeça, diagnosticado com hemorragia cerebral, foi detido pelos soldados ocupantes dentro de uma ambulância.

As vítimas foram identificadas como Rami al-Shumali, Uday al-Zayat, Ahmed Salit, Muhammad Abu Anin e Bassam al-Shafi’I.

A invasão israelense foi conduzida por 30 veículos militares e diversos tratores blindados, com a cobertura de drones e aeronaves. Franco-atiradores se posicionaram nos telhados para isolar o campo de refugiados.

O Hospital Público Thabet Thabet também foi cercado e ambulâncias foram proibidas de deixar o local.

Outro cidadão — Amir Abdel Rahman Majd (30) — foi executado por soldados em Azzum, a oeste de Qalqilya. Majd foi baleado nas costas e declarado morto pouco depois de chegar ao Hospital Público Darwish Nazzal.

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Conforme testemunhas, a ambulância que transportava Majd e seu amigo, Mohammed Hassan Suwaidan, ferido por estilhaços, teve seu caminho obstruído por soldados. Majd sangrou até morrer por uma hora inteira.

Israel ocupa a Cisjordânia desde 1967, com abusos cotidianos de direitos humanos, cujos recordes antecedem 7 de outubro. Desde então, porém, ao menos 271 ataques coloniais foram registrados, deixando baixas entre a população civil e danos a propriedades.

A média de incidentes dobrou: seis casos por dia entre outubro e novembro, contra três violações por dia nos nove meses anteriores. Um terço dos casos envolve armas de fogo, incluindo disparos. Em quase metade, soldados escoltam os agressores.

Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios intensos contra Gaza, em retaliação a uma ação surpresa do Hamas que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.

São 14.128 palestinos mortos em um mês e meio, entre os quais 5.840 crianças, além de 30 mil feridos — cerca de 75% dos quais, crianças e mulheres. Quase 6.800 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.

Na Cisjordânia, Israel escalou sua campanha repressiva, incluindo aumento supracitado nos ataques coloniais e prisões em massa. São cerca de sete mil prisioneiros políticos palestinos, dois mil dos quais presos em um mês — a maioria sem julgamento ou acusação; reféns, por definição.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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