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França classifica a violência dos colonos de Israel como “política de terror

Anne-Claire Legendre, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França, realiza uma coletiva de imprensa no Quai d'Orsay em Paris, França, em 2 de fevereiro de 2023 [Umit Donmez/Anadolu Agency via Getty Images]

A França condenou ontem a violência dos colonos israelenses na Cisjordânia ocupada, chamando-a de “política de terror” com o objetivo de deslocar os palestinos e pediu às autoridades israelenses que protejam os palestinos da violência, informou a Reuters.

Os números da ONU mostram que os ataques diários dos colonos mais do que dobraram desde 7 de outubro.

“Com relação à Cisjordânia, gostaria de expressar a mais forte condenação da França à violência praticada pelos colonos contra os palestinos”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Anne-Claire Legendre, em uma coletiva de imprensa.

    “Violência que tem como objetivo claro o deslocamento forçado dos palestinos e uma política de terror.”

Ela disse que as autoridades israelenses precisam tomar as medidas necessárias para proteger a população palestina e alertou que a política de assentamentos prejudica a solução de dois estados.

O chefe de direitos humanos das Nações Unidas, Volker Turk, repetiu suas palavras. Falando em Genebra ontem, Turk disse que estava profundamente preocupado com a intensificação da violência contra os palestinos na Cisjordânia. Ele disse que está claro que a ocupação israelense precisa acabar.

Este ano já foi o mais mortal em pelo menos 15 anos para os palestinos na Cisjordânia ocupada, com cerca de 200 palestinos mortos, de acordo com dados das Nações Unidas. Mas nas três semanas após 7 de outubro, 186 palestinos, incluindo 51 crianças, foram mortos pelas forças israelenses na Cisjordânia ocupada; e outros oito, incluindo uma criança, foram mortos por colonos israelenses ilegais, de acordo com a ONU.

Legendre, da França, também disse que cerca de metade das 100 toneladas de ajuda que a França enviou a Gaza entrou no enclave. Ela acrescentou que não cabe a Israel decidir o futuro governo de Gaza, que, segundo ela, deve fazer parte de um futuro Estado palestino.

LEIA: Fome e doenças são inevitáveis em Gaza, alerta ONU

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