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Travessia de Rafah abre para cidadãos estrangeiros e binacionais pela primeira vez

Ambulâncias entram em Gaza pela travessia de Rafah, no Egito, em 1° de novembro de 2023 [Stringer/Agência Anadolu]

A travessia de Rafah, entre Gaza e Egito, foi aberta pela primeira vez desde 7 de outubro, em um acordo mediado pelo Catar. É improvável, no entanto, que permaneça aberta e não está claro quantas pessoas poderão atravessá-la.

Fontes disseram que cerca de 500 cidadãos estrangeiros e binacionais conseguiram deixar Gaza, sob ataques aéreos ininterruptos de Israel, mas advertiram que nem todos poderão atravessar a fronteira ainda nesta quarta-feira (1°).

Segundo o jornal The Guardian, famílias e veículos fazem fila para deixar o território sitiado. Um engarrafamento de ambulâncias aguarda do lado egípcio para resgatar os feridos.

É a primeira vez que pessoas conseguem deixar Gaza desde o início do massacre em curso perpetrado pela ocupação israelense.

O acordo não é condicionante a outras matérias, como libertação de prisioneiros de guerra capturados pela resistência palestino ou “pausa humanitária” dos bombardeios.

LEIA: Diretor da ONU em Nova York denuncia genocídio em Gaza ao pedir demissão

Em 7 de outubro, combatentes da resistência palestina atravessaram a fronteira a Israel e capturaram colonos e soldados. Em retaliação, o regime ocupante impôs cerco absoluto e bombardeios sem precedentes aos 2.4 milhões de residentes da faixa costeira.

Gaza carece de água, comida, combustível e medicamentos.

Ao promover o cerco, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, descreveu os palestinos como “animais”. A retórica desumanizante é característico de genocídio. As ações de Israel em Gaza equivalem a punição coletiva, crime de guerra e lesa-humanidade.

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