Um documento das agências de inteligência de Israel vazou ao público, contendo um plano para expulsar a população da Faixa de Gaza sitiada para a península do Sinai, no Egito, uma vez derrotado o movimento Hamas no enclave mediterrâneo.
Segundo o esquema, revelado pela própria imprensa israelense, Tel Aviv deve operar para evacuar os residentes de Gaza a assentamentos provisórios, formados por tendas; então a cidades permanentes estabelecidas no Sinai do Norte.
O plano é datado de 13 de outubro, incluindo a criação de uma zona neutra “estéril” de diversos quilômetros de extensão, no território egípcio.
O Ministério de Inteligência de Israel confirmou a autenticidade do documento, mas um oficial envolvido na redação do esquema alegou que o governo não planejava discutir o plano tão brevemente.
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Ao antecipar repúdio internacional ao plano declarado de transferência compulsória e limpeza étnica — isto é, genocídio —, o oficial insistiu que o plano tem como objetivo providenciar meios para auxiliar refugiados de guerra.
O Egito recusa veementemente o deslocamento dos palestinos de Gaza a seu território. O presidente Abdel Fattah el-Sisi reforçou sua posição sobre a proposta em telefonema neste domingo (29) com seu homólogo americano, Joe Biden.
Mais cedo, em outubro, o ex-vice-chanceler israelense Danny Ayalon confirmou à rede Al Jazeera que se espera que os moradores de Gaza deixem suas casas rumo ao deserto do Sinai, onde serão instaladas tendas, em meio aos bombardeios ininterruptos de Israel ao território palestino.
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