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300 personalidades internacionais pedem a ONU fim do massacre a Gaza

Clare Short na conferência “Arábia Saudita em crise” do MEMO, 19 de novembro de 2017 [MEMO]

Mais de 300 ativistas, políticos, acadêmicos e religiosos de todo o mundo se reuniram para reivindicar da Organização das Nações Unidas (ONU) que dê um fim imediato ao “banho de sangue” perpetrado por Israel na Faixa de Gaza.

Em carta encabeçada pela Comissão Islâmica de Direitos Humanos (IHRC), o grupo acusa a ONU de agir como “espectador aos crimes de guerra, à medida que Israel mantém ataques aéreos ao território palestino densamente povoado”.

Até então, mais de cinco mil pessoas foram mortas — 70% das quais mulheres e crianças. Baixas entre menores de idade superam duas mil vítimas.

A carta, encaminhada ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, é assinada pela ex-ministra do Trabalho do Reino Unido, Clare Short, além de acadêmicos renomados, como Jeff Halper, Richard Falk, Ilan Pappe, Avi Shlaim e Daud Abdullah, diretor do MEMO.

O documento enumera os crimes de guerra de Israel, incluindo corte de energia elétrica, água e comida como punição coletiva, desrespeito aos princípios de proporcionalidade e bombardeios indiscriminados a centros residenciais, áreas comerciais, escolas, hospitais, ambulâncias, mesquitas e igrejas.

O grupo pede a Guterres que aja para “conter” urgentemente Israel, ao estabelecer um cessar-fogo que permita a entrega de socorro humanitário ao povo de Gaza.

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“A ONU foi criada após a Segunda Guerra Mundial, com o propósito de defender um mundo baseado em regras e impedir a reincidência do conflito”, relatou a carta. “Sendo este o caso, quão mais aguardará ociosa ao assistir um genocídio se desenrolar diante de nossos olhos?”

“Segundo os próprios trabalhadores e oficiais da ONU, não há local seguro em Gaza. A área está sob cerco absoluto e bombardeio constante”, prosseguiu. “Está abundantemente claro que, ao abandonar os princípios de proporcionalidade e distinção entre civis e combatentes, Israel viola grosseiramente a lei internacional”.

A carta se encerrou com um alerta: “A menos que Israel seja parado e responsabilizado por seus crimes em curso em Gaza e na Cisjordânia, suas tropas continuarão a matar e mutilar com impunidade, fazendo piada do direito internacional”.

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