Prisioneiro palestino morre nas cadeias de Israel duas semanas após ser preso

2 anos ago

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Omar Hamza Hassan Daraghmeh, prisioneiro palestino em detenção administrativa, morreu aos 58 anos na penitenciária israelense de Megiddo, em circunstâncias suspeitas, confirmou o Centro de Informações Palestino.

Em nota conjunta, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos e a Autoridade de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros reportaram que Israel deteve Daraghmeh, junto de seu filho, Hamza, em 9 de outubro, ao colocá-lo sob detenção administrativa — sem julgamento ou acusação pelo período de seis meses, renovado indefinidamente.

Uma audiência foi realizada sobre seu caso via videoconferência na manhã desta terça-feira (24), no Tribunal Militar de Ofer, com a presença de seu advogado, Ashraf Abu Sneineh, que perguntou sobre sua saúde e recebeu uma resposta positiva.

A declaração destacou que a narrativa israelense sobre o óbito é questionável. Além disso, responsabilizou as autoridades ocupantes pela morte, a começar pela prisão arbitrária de Daraghmeh sob pretexto de “documentos sigilosos”.

Prisioneiros políticos palestinos reportam abuso e tortura quase diariamente.

LEIA: Israel prende 1.265 palestinos na Cisjordânia desde 7 de outubro

Forças israelenses prenderam 50 palestinos durante incursões militares na madrugada desta terça-feira (24) na Cisjordânia ocupada, elevando o número de detidos desde 7 de outubro a 1.265 reféns, reportou o Clube dos Prisioneiros Palestinos — ong que monitora direitos civis nos territórios ocupados.

Além de campanhas de prisão em massa, Israel impôs duras restrições e penalidades aos palestinos já em custódia, como parte de esforços de punição coletiva e retaliação a uma ação de resistência que cruzou a fronteira e capturou cerca de 200 colonos e soldados.

“Penas foram impostas aos prisioneiros como vingança e tortura desde o início da escalada em 7 de outubro”, advertiu a Comissão de Assuntos dos Prisioneiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), bloco nacional hegemônico na Autoridade Palestina.

Analistas acreditam que a campanha de prisão e repressão contra presos políticos serve para pressionar por uma troca de prisioneiros favorável, caso negociada. Há hoje cerca de seis mil palestinos nas cadeias da ocupação, incluindo centenas de mulheres e crianças.

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