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Israel prende 1.265 palestinos na Cisjordânia desde 7 de outubro

Cidadão palestino detido em um veículo blindado da ocupação israelense durante invasão militar ao campo de refugiados de Balata, perto de Nablus, na Cisjordânia, em 13 de junho de 2023 [Jaafar Ashtiyeh/AFP via Getty Images]

Forças israelenses prenderam 50 palestinos durante incursões militares na madrugada desta terça-feira (24) na Cisjordânia ocupada, elevando o número de detidos desde 7 de outubro a 1.265 reféns, reportou o Clube dos Prisioneiros Palestinos — ong que monitora direitos civis nos territórios ocupados.

Além de campanhas de prisão em massa, Israel impôs duras restrições e penalidades aos palestinos já em custódia, como parte de esforços de punição coletiva e retaliação a uma ação de resistência que cruzou a fronteira e capturou colonos e soldados.

“Penas foram impostas aos prisioneiros como vingança e tortura desde o início da escalada em 7 de outubro”, advertiu a Comissão de Assuntos dos Prisioneiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), bloco nacional hegemônico na Autoridade Palestina.

Segundo a denúncia, agentes penitenciários “confiscaram chaleiras e aparelhos eletrônicos, como televisões”, além de privar os prisioneiros de “refeições quentes e cortar seu acesso à energia elétrica das 6h00 da manhã às 18h00”.

Carcereiros permitem aos prisioneiros apenas 20 minutos por dia, quando muito, de banho de sol. “Todos os equipamentos esportivos foram destruídos, a água quente foi cortada em todas as seções”, prosseguiu o alerta.

Segundo a comissão, autoridades israelenses fecharam a cozinha e fornecem agora “apenas duas refeições modestas” aos prisioneiros, além de conduzir revistas arbitrárias e periódicas em âmbito diário.

O número de presos por cela também aumentou: celas com capacidade de cinco pessoas estão abrigando nove indivíduos.

Presos que cumpriram sua pena foram postos em detenção administrativa — sem julgamento ou sequer acusação, por tempo indeterminado.

Analistas acreditam que a campanha de prisão e repressão contra presos políticos serve para pressionar por uma troca de prisioneiros favorável, caso negociada. Há hoje cerca de seis mil palestinos nas cadeias da ocupação, incluindo centenas de mulheres e crianças.

LEIA: Soldados israelenses vendam, espancam e tentam estuprar palestinos na Cisjordânia

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