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Oficial da chancelaria americana se demite por posições de Biden sobre Gaza

Presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca, em 11 de outubro de 2023 [Celal Günes/Agência Anadolu]

Josh Paul, diretor de assuntos públicos e parlamentares do Departamento de Estado dos Estados Unidos, confirmou sua demissão em protesto à postura do presidente Joe Biden sobre os bombardeios israelenses a Gaza.

Biden viajou a Tel Aviv para reforçar seu apoio “incondicional” às ações israelenses e promover propaganda de guerra que resulta em punição coletiva e genocídio dos 2.4 milhões de palestinos no território sitiado.

Paul serviu o Gabinete de Assuntos Políticos e Militares da chancelaria americana por 11 anos, mas reiterou na rede Linkedin que o “apoio cego a um dos lados [da administração americana] culminou em uma série de decisões políticas impactantes, incluindo envio de mais armas, de maneira, a meu ver, míope, destrutiva, injusta e contraditória aos valores que diz publicamente defender”.

À rede Huffington Post, relatou Paul: “Tive minha cota de discussões e esforços para tentar mudar a política sobre controversas vendas de armas. Ficou evidente que não há qualquer espaço para debater dessa vez. Dado que não posso fazer nada, eu me demito”.

Biden foi recebido pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu com um abraço, após meses de afastamento devido à proposta de reforma judicial do governo em Tel Aviv que busca retirar poderes da Suprema Corte em favor do executivo.

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Biden repetiu argumentos racistas e informações falsas promovidas pelo exército israelense para justificar o bombardeio a Gaza.

O político israelense Benny Gantz — ex-comandante do exército e rival de Netanyahu, salvo sobre a pauta palestina — disse ao presidente americano que derrotar o movimento Hamas em Gaza “pode levar anos”.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant — que defendeu o cerco absoluto aos civis de Gaza ao descrevê-los como “animais” —, afirmou a Biden que “o apoio americano a Israel será crítico conforme a guerra se arrasta”.

Biden, sob pressão doméstica à véspera do ano eleitoral, respondeu que “seria mais fácil aos Estados Unidos apoiar Israel caso permita que a ajuda humanitária chegue a Gaza”. Contudo, sem ações efetivas.

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