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França usa gás lacrimogêneo e canhões de água contra atos pró-Palestina em Paris

Polícia francesa reprime protesto em solidariedade ao povo palestino na Praça da República, em Paris, 12 de outubro de 2023 [Dimitar Dilkoff/AFP via Getty Images]

A polícia francesa usou gás lacrimogêneo e canhões de água para reprimir um protesto em solidariedade ao povo palestino na cidade de Paris, nesta quinta-feira (12), após o ministro do Interior, Gérald Darmanin, banir as manifestações civis sob pretexto de “eventualmente gerar perturbações de ordem pública”.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Apesar da proibição, centenas de manifestantes pró-Palestina se reuniram no centro da capital em grupos distintos, sob esforços de dispersão da polícia.

Foram entoadas palavras de ordem como “Israel assassino” e “Macron cúmplice”, em alusão ao presidente francês Emmanuel Macron que condenou a operação de resistência do grupo Hamas do último sábado (7) ao expressar solidariedade a Israel.

“Vivemos em um Estado de direito, um país onde temos o direito de assumir uma posição e nos manifestar. É injusto proibir um lado e autorizar o outro”, reiterou Charlotte Vautier (29), funcionária de uma entidade sem fins lucrativos.

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O Hamas fez apelos por protestos no mundo islâmico nesta sexta-feira (13), em apoio aos palestinos.

Dois protestos pró-Palestina em Paris foram censurados nesta quinta pelas autoridades. Darmanin ordenou prefeitos a proibir todas as manifestações de solidariedade ao povo palestino no país, em franca discriminação no que se refere à anuência a atos sionistas.

As comunidades islâmica e judaica na França estão entre as maiores da Europa.

Darmanin declarou que o governo agiu para robustecer a proteção policial a locais judaicos, incluindo escolas e sinagogas. Sua mesma gestão é responsável por batidas em mesquitas e centros beneficentes islâmicos, denunciadas como parte de políticas islamofóbicas.

Desde a ofensiva transfronteiriça do movimento de resistência Hamas, no sábado (7), a polícia prendeu 20 pessoas por “antissemitismo”, declarou o governo.

Após a chamada Operação Tempestade de Al-Aqsa, na qual combatentes da resistência se infiltraram no território considerado Israel, sob cobertura de foguetes, o Estado ocupante voltou a lançar bombardeios violentos contra Gaza sitiada.

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