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Ministério da Saúde de Gaza emite comunicado à imprensa

Aviões de guerra israelenses atacaram a mesquita Al-Sousi, na cidade de Gaza, em 9 de outubro de 2023. [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

No terceiro dia da ofensiva israelense em curso contra os 2.4 milhões de residentes da Faixa de Gaza sitiada, o Ministério da Saúde do governo local declarou profunda apreensão sobre a recente escalada e bombardeios diretos contra civis e instalações médicas.

A seguir, trechos da nota do Ministério da Saúde sobre as condições em Gaza:

Em torno das 6h15 da manhã deste sábado (7), a resistência palestina lançou a maior campanha de artilharia de sua história em direção aos assentamentos israelenses nos arredores de Gaza, sucedida por incursões por terra e captura de soldados e colonos.

Israel reagiu ao declarar “guerra” à população civil da faixa costeira, com ministros de alto escalão descrevendo os palestinos como “animais” e reivindicando seu extermínio. Desde então, bombardeios incidem sobre Gaza.

A seguir, nota do Ministério da Saúde de Gaza sobre a situação em campo:

“Um plano de emergência do Ministério da Saúde entrou em vigor. Todas as instalações médicas estão operando para responder aos feridos pela agressão israelense.

ASSISTA: Ministro israelense promove fome em Gaza, chama os palestinos de ‘animais’

Segundo o Centro de Informação de Saúde Palestino (PHIC), até o fim do dia 7 de outubro, havia 687 mortos, incluindo 140 crianças e 105 mulheres, além de 3.726 feridos. Em torno de 10% dos feridos são crianças.

Desde o início da escalada em curso, treze famílias foram chacinadas — a maioria delas ainda sob os escombros.

Antes da data citada, Gaza já sofria com escassez severa de medicamentos críticos, equipamentos descartáveis e combustível devido ao bloqueio israelense. O ataque israelense em curso agravou ainda mais a situação.

Há falta de eletricidade para que o sistema de saúde opere devidamente. Os cortes ameaçam a vida de doentes e feridos.

A ocupação israelense expandiu o escopo de seus ataques a equipes médicas, instalações e ambulâncias. Cinco profissionais de saúde foram mortos, dez ficaram feridos. Sete hospitais e centros de saúde foram alvejados, causando danos diretos a boa parte deles.

A ocupação israelense fez com que o hospital de Beit Hanoun (único da cidade) suspendesse os serviços, devido ao bombardeio contínuo a seus arredores.

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A ocupação israelense alvejou deliberadamente 11 ambulâncias; um veículo foi destruído.

O Ministério da Saúde exorta a comunidade internacional que dê assistência às demandas emergenciais de medicamentos vitais, bens descartáveis, combustível e geradores de alta capacidade, diante da presente falta de energia e carência médica.

Ministério da Saúde, Faixa de Gaza, 9 de outubro de 2023 — 8h00 (local)”

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