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Partido salafita do Egito apoia campanha à reeleição de Sisi

Presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sisi, anuncia sua campanha à reeleição, no Cairo, 2 de outubro de 2023 [Presidência do Egito/Agência Anadolu]

O partido salafita do Egito, Al-Nour, confirmou seu apoio à campanha à reeleição do presidente Abdel Fattah el-Sisi a um terceiro mandato, no pleito a ser conduzido em dezembro deste ano.

“Após sucessivas consultas com o secretariado-geral do partido e as secretarias regionais, o Conselho Supremo votou a favor de apoiar Sisi”, anunciaram os líderes partidários em nota conjunta.

O partido alegou “forte convicção” da necessidade de uma liderança nacional “capaz de gerir e fortalecer as instituições de Estado e liderá-las de modo equivalente às ameaças e desafios enfrentados pelo Egito e por toda a região”.

Era Sisi - Cartoon [Carlos Latuff/Monitor do Oriente Médio]

Era Sisi – Cartoon [Carlos Latuff/Monitor do Oriente Médio]

O partido instou seus membros e todos os cidadãos a participar das eleições, para contrapor eventuais sentimentos de “negatividade, desespero e frustração”.

O comunicado insistiu ainda que o partido enviou a Sisi em um documento de trabalho com suas perspectivas e prioridades.

Usuários das redes sociais manifestaram indignação, ao reafirmar que o partido agiu para depor Mohamed Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, ao apoiar agora o candidato de fato responsável pelo golpe militar.

A Autoridade Eleitoral anunciou que as candidaturas à presidência podem ser registradas a partir desta quinta-feira (5), com primeiro turno das eleições previsto para 10 de dezembro, com duração de três dias.

Na segunda-feira (2), Sisi anunciou oficialmente sua campanha — algo esperado desde suas emendas constitucionais que lhe permitem ficar no poder até 2030. Sisi, ex-comandante do exército, comandou o golpe de 2013 e assumiu o executivo no ano seguinte.

O ex-deputado Ahmed Tantawi é considerado o principal adversário de Sisi nas eleições. Sua chapa, no entanto, denunciou obstáculos ao registro de candidatos e apoiadores.

LEIA: Al-Sisi ameaça os eleitores egípcios: ou eu ou o caos

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