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Resistência palestina se reúne no Líbano à espera de escalada em Gaza e na Cisjordânia

Líderes dos movimentos de resistência Hamas, Jihad Islâmica e Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) se reúnem em Beirute, no Líbano, em setembro de 2023 [raialyoum]

Figuras de liderança dos movimentos de resistência palestina Hamas, Jihad Islâmica e Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) se encontraram em Beirute, resultando em um comunicado segundo o qual consentem em ampliar esforços de coordenação.

Saleh al-Arouri, chefe adjunto do gabinete político do movimento Hamas, Ziad al-Nakhalah, secretário-geral do grupo de Jihad Islâmica, e Jamil Mezher, secretário-geral adjunto da FPLP,  presidiram a reunião.

A imprensa israelense reagiu com alertas de eventual escalada nos territórios palestinos. No fim de semana, Israel voltou a bombardear Gaza, enquanto a Cisjordânia vivencia uma onda de violência colonial há meses, incluindo recordes de mortos.

Segundo Elior Levy, comentarista de assuntos palestinos da emissora estatal israelense Kan, o objetivo do evento é “exacerbar a situação de segurança, seja em Gaza, na Cisjordânia ou mesmo em outras áreas”.

“Tais encontros costumam acabar em segredo; dessa vez, no entanto, preferiram emitir uma mensagem ao mundo exterior, além de tirar uma foto juntos no encerramento”, insistiu Levy ao alegar se tratar de uma mensagem a Israel sugerindo “inclinação à escalada”.

Itay Blumenthal, correspondente militar para a rede Kan, confirmou: “Os establishments de segurança entendem que caminhamos a uma nova escalada em Gaza, razão pela qual outro batalhão passou a reforçar as Brigadas de Gaza às vésperas do Yom Kippur”.

Os grupos palestinos reforçaram a necessidade de apoiar a resistência ampla — incluindo a resistência armada —, como reação legítima à ocupação e apartheid, “ao manter a unidade em campo entre combatentes da liberdade para enfrentar as agressões sionistas”.

A ocupação israelense e seus ataques a civis são crimes de guerra e lesa-humanidade sob a lei internacional. Por outro lado, a resistência, incluindo a resistência armada, é reconhecida como legítima pelas mesmas normas e padrões internacionais.

LEIA: As violações israelenses da soberania libanesa persistem

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