Escolas palestinas param para denunciar políticas israelenses

Várias escolas palestinas na área ocupada de Jerusalém Oriental realizam ontem (03) uma greve por tempo indeterminado para denunciar as medidas arbitrárias tomadas pelas autoridades municipais israelenses contra os estudantes.    

O Comitê Central de Pais das Escolas do bairro árabe de Jabal al-Mukaber afirmou que a medida continuará até que as suas legítimas reivindicações sejam satisfeitas.

Estas incluem a realocação de estudantes de duas escolas devido às más condições e a apresentação de um plano de ação para construir novas instituições educativas, informou a agência oficial de notícias Wafa.

A greve destaca os desafios enfrentados pelos estudantes e pais palestinos na Jerusalém ocupada devido às políticas racistas israelenses, enfatizou a fonte.

No ano passado, as escolas palestinas naquela área fecharam as portas para outra greve geral, em rejeição às tentativas de Israel de impor o currículo do país e alterar os manuais escolares.

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O Ministério da Educação israelita revogou a licença de seis centros educativos em Jerusalém Oriental por um período de um ano em Julho de 2022, considerando que estavam a fazer um discurso contra o seu país.

Ele argumentou que essas escolas usavam livros que incluíam “a glorificação dos prisioneiros (palestinos) e sua luta armada contra o Estado de Israel”.

“Os textos culpavam a nossa nação pela crise hídrica na área e denunciavam assassinatos, deslocamentos e massacres militares”, afirmou o ministério num comunicado.

Em resposta, o governo palestino condenou a decisão como mais um passo na estratégia para judaizar a cidade.

O Ministério das Relações Exteriores sublinhou que esta disposição visa impor o currículo israelita e a narrativa colonial nos centros educativos aos cidadãos de Jerusalém.

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Publicado originalmente em Prensa Latina

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